terça-feira, 21 de agosto de 2007

Novo português chega a escolas públicas até 2009

Sem o trema, com menos acentos, com menos hifens e maos "universal". A reforma ortográfica, que pretende unificar o Português falado em 8 países do mundo, já começa a mudar os livros didáticos no Brasil.
O MEC fará licitação para os livros didáticos de 2009 já com mudanças;
(...)

Entre os objetivos da reforma ortográfica estão reduzir o custo das "traduções" do português de Portugal para o Brasil e vice-versa, e melhorar e aproximar o intercâmbio entre as nações lusófonas.

Não há data exata de início das mudanças. Mas, desde o fim de 2006, quando 3 países já haviam assinado pacto nesse sentido, as regras estão valendo.

ALGUMAS MUDANÇAS
- Cai o trema
- Não haverá mais acento em ditongos abertos de paroxítonas como "Assembléia"
- Menos hifens
- Menos circunflexo

Jornal Metro terça-feira, 21 de agosto de 2007



Achei pertinente postar sobre esse assunto porque a matéria gerou muitos debates durante a manhã. Alguns concordam, afirmando que unificar é a melhor opção, outros discordam. Particularmente, acho que o primeiro pensamento que nos vem à cabeça é algo do tipo "eu vou usar a trema para sempre!", mas somos jornalistas e, portanto, teremos que aceitar as mudanças (se elas de fato ocorrerem).

Não acho que o argumento de "reduzir o custo das "traduções" do português de Portugal para o Brasil e vice-versa, e melhorar e aproximar o intercâmbio entre as nações lusófonas" é convincente para mudanças tão radicais como as que estão previstas. Sou a favor da tese de que a língua deve sim ser modificada com o tempo, mas não por convenções, mas sim graças ao próprio falante.

5 comentários:

Gustavo Uribe disse...

Concordo com você, Tha.
Acredito que um código de convenção social como a língua deve sofrer transformações por parte de seus próprios falantes ( de baixo para cima), e não através de uma convenção intelectual (de cima para baixo).
Perderemos parte de nossa identidade linguística em nome da fraternidade portuguesa.

Thalita Fleury disse...

É bom lembrar também que os próprios portugueses ainda não adotaram as regras. Ou seja, se não as aceitarem o argumento de "reduzir o custo das traduções" já cai por água abaixo.

Thalita Fleury disse...

ou melhor...o "argumento"

Marcelo Braga disse...

Espero que não dê certo..
estava conversando com um pessoal de jo do segundo ano hoje..e parece que muita coisa vai mudar....
Sei lá, por ora sou contra...
Mas acataremos, já que vamos ter q escrever assim haha
Ivonete reformule suas aulas já hahaha
Bjos e abraços

Mariana Palma disse...

Hahaha eu que falei na sala "vou usar o trema pra sempre". Me senti uma inspiração para o texto =)