segunda-feira, 19 de março de 2007

Roteiro do 1o Mini-seminário.

Tema: "Democracia (o que é) e o direito de protestar"



1) Surgimento da democracia (história, origem, relações com a filosofia)- Thalita, Mariana, Daniella;
2) Democracia no Brasil - Mariana O., Bruna;
3) Papel dos meios de comunicação - Flávia, Carol;
4) Papel dos jovens - Marcelo;
5) Lula e a lei da greve - Bruna B., Thiago;
6) Democracia cronologicamente (ontem, hoje e amanhã - passeatas, greves...) - Gustavo, Rafael.

3 comentários:

Gustavo Uribe disse...

Para o primeiro mini-seminário do ano,introduziremos os princípios democráticos(da etmologia grega aos fundamentos que regem os governos liberais atuais),questionando a atual polêmica governamental:o ato de protestar deve ser institucionalizado ou é um direito intrínseco do cidadão?
Para tanto,utilizaremos de diversos recursos multimídia para unir a conscientização ao entreterimento dos colegas.
Estejam com a mente aberta e a lígua solta!

Thalita Fleury disse...

1° tema seminário!

Democracia ateniense

Atenas era, sem dúvida, a cidade mais influente da Grécia. Se hoje pensarmos nas maiores colaborações que Atenas nos deixou, não podemos deixar de citar a sua importância cultural. Lá, foram desenvolvidas artes como o teatro, a filosofia e a arquitetura.
A sociedade ateniense era dividida basicamente em 3 segmentos: eupátridas (donos de terras férteis), demos (sem terras, endividados, camponeses pobres, metecos) e escravos (prisioneiros e endividados). Vale lembrar que, em Atenas, os escravos não eram considerados mercadoria.
Com a 2ª diáspora, surgiu o comércio. Graças a esse fato, formou-se uma nova elite – os demiurgos (membros da demo que enriqueceram). Tinham dinheiro e influência, mas não eram considerados cidadãos. Graças a essa influência, os demiurgos começaram a fazer discursos na praça (ágora) protestando contra os privilégios dos eupátridas. Com isso, o povo começou a se recusar a aceitar mitos para justificar a situação em que viviam. Iniciou-se, assim, uma guerra política em Atenas.
A guerra política fez com que a sabedoria do uso das palavras para argumentar um ponto de vista se tornasse algo indispensável a todos cidadãos atenienses. Todos sentiam-se na obrigação de conseguir falar bem em público. Segundo Kerferd, “O poder de expressar as idéias de uma forma clara e susceptível de persuadir uma audiência era considerado uma arte que precisava de ser aprendida e ensinada”. Desse modo, o trabalho dos sofistas, que eram aqueles que ensinavam como conduzir as palavras na ágora, mostrava-se cada vez mais necessário.
Em meio a tantos conflitos, surge Drácon - um legislador ateniense, eupátrida, que ficou famoso por ter criado as leis escritas. Porém, suas leis eram impopulares, uma vez que continuavam garantindo os privilégios dos eupátridas. Por esse motivo, Drácon logo foi substituído por Sólon.
Dos principais feitos de Sólon, destaca-se o fim da escravidão por dívidas e a possibilidade de acesso a cargos importantes de Atenas para membros do demos (acesso à cidadania, direitos políticos), desde que tivessem renda. O fato rachou a opinião pública, uma vez que os que não tinham renda se sentiram traídos. Estes, ficaram tão enraivecidos que pegaram em armas e começaram a matar os privilegiados. Foi o início de uma guerra civil em Atenas.
Com a guerra civil, golpistas, que eram chamados de tiranos, passaram a governar Atenas. Depois de uma longa seqüência de tiranos, Clístenes assume o poder e resolve acabar com a guerra.
Clístenes dividiu Atenas em 10 distritos chamados de “demos”, nos quais a população poderia escolher, por meio de eleições, 50 representantes para o governo. Esse foi o início da democracia (mas só os cidadãos homens participavam – estrangeiros, escravos e mulheres eram excluídos). Aqueles que eram contrários à democracia seriam exilados por um período de 10 anos.
A partir da democracia – palavra originalmente grega onde demo quer dizer povo e kracia quer dizer governo – criou-se uma tradição democrática constituída de três direitos fundamentais que a partir daquele momento definiriam o conceito de cidadão: igualdade, liberdade e participação no poder. Igualdade significava: perante as leis e os costumes da polis, todos os cidadãos possuem os mesmos direitos e devem ser tratados da mesma maneira. Liberdade: todo cidadão tem o direito de expor em publico seus interesses e suas opiniões, vê-los debatidos pelos demais e aprovados ou rejeitados pela maioria, devendo acatar a decisão tomada publicamente. Com a Revolução Inglesa de 1644 [1640] e a Revolução Francesa de 1789, o direito à liberdade ampliou-se. Participação no poder: todos os cidadãos têm o direito de participar das discussões e deliberações públicas da polis, votando ou revogando decisões.
A democracia ateniense era direta, "governo do povo, pelo povo e para o povo".
A moderna é representativa, onde o direito à participação no poder tornou-se indireto através da escolha de representantes.

Anônimo disse...

A democracia como valor universal não existe e nem pode existir, pois temos que chegar em sua essência e ver a quem beneficia. Para a aristocracia grega da antiguidade existia a mais ampla “democracia”, porém, para os escravos (que eram a absoluta maioria), a democracia era somente uma palavra vazia. Na realidade a verdadeira e legitima Democracia ainda é uma grande utopia. As eleições em si não fazem uma democracia. A Democracia não é feita apenas de eleições mas também da possibilidade real da absoluta maioria da população participar da direção e gestão dos assuntos públicos e sociais. Não existe um modelo autêntico ou forma perfeita ou exemplar de Democracia no mundo, e nem existe um modelo único que sirva para todas as regiões e todos os países. Cada povo busca construir a democracia de acordo com as suas próprias realidades sociais, politicas e econômicas sempre objetivando assegurar a soberania e a independência nacional. É preciso pensar bem no que seja realmente uma verdadeira Democracia. Assim sendo a vontade da absoluta maioria do povo (e não de oportunistas, golpistas e tiranos) em mudar e defender um ideal que atenda a maior parte da população também pode constituir-se como um processo em forma de Democracia quando acontece de dezenas de milhões de pessoas chegarem a conclusão de que não se pode mas continuar a viver assim e desta forma escolhem o caminho da Revolução Social e da Libertação Nacional. Os Estados Unidos da América que se julgam os campeões de “Democracia” por exemplo não passam de uma grande Ditadura da Burguesia e do Capital Monopolista; ditadura essa que não permite nenhuma ameaça ao seu domínio que não pode ser contrariada e nem ter oposição, pois o capital e os interesses da burguesia em primeiro lugar e tem que ser defendida a qualquer custo. A “Democracia” para os EUA é quando mandam e ditam as regras, subjugam e submetem os povos a subserviência, mas quando os povos se levantam e tentam impor-se contra a vontade dos EUA então isso é “Ditadura”. A dita “Democracia” dos Estados Unidos da América não passa de uma grande fraude um engodo, uma farsa, um faz-de-conta apenas para dizer e enganar de que se trata da vontade da “maioria”. Toda ruidosa propaganda de “Democracia” nos Estados Unidos da América não é senão uma capa fina por traz do qual fica cada vez mais difícil de não esconder a Grande Ditadura da Burguesia e do Capital Monopolista. Nos EUA a “liberdade de expressão e manifestação” e o exercício dos direitos de expressão, associação e reunião, incluindo a participação em organizações não-governamentais e sindicatos permanecem até o instante desde que não fiquem afetando os interesses da burguesia e do capital monopolista. Os Imperialistas dos EUA que usam de estratégia as duas palavras consideradas chave “Liberdade e Democracia” usadas politicamente não passam de fachada apenas para enganar e dizer que a causa que “defendem” são tudo por esses dois ideais. Existem nos Estados Unidos apenas dois partidos grandes que se revezam e se perpetuam no poder a anos e representam e defendem os interesses do grande capital; e isso não significa que o povo apenas deseja somente a existência desses dois partidos. O Partido “Democrata” e o “Republicano” que são dois partidos do Grande Capital Monopolista e um pelo outro é a mesma coisa e não acrescentam em nada, pois os dois simulam que fazem oposição um ao outro e são farinha do mesmo saco, é como trocar seis por meia dúzia, os dois contribuem sobremaneira para diminuir a influência de outros partidos e assim ajudam a manter o povo prisioneiros da Ideologia Burguesa. Os eleitores são enganados de forma eficaz ao pensarem que votando em um ou outro desses dois partidos haverá mudanças, mas nada muda o caráter opressor e imperialista da política nos EUA, e nada acontece, e basta que se observe na politica dos Estados Unidos da América quando ficam criando pretextos para dominar o mundo através da força bruta belicista, agressiva e terrorista. Os dois partidos ambos representantes das classes dominantes e cuja diferença não vai muito além do nome, os dois tem grande espaço nos meios de Comunicação Social e nas Agências de Publicidade e é exatamente essas que se encontram sob o domínio da classe dominante, que embora sendo menor é no entanto toda poderosa. Nesse esquema, a “democracia” é apenas um slogan usado pela burguesia para atingir seus objetivos, enganando a maioria dizendo que se trata de uma sociedade que em que todos tem oportunidades sem preconceito ou discriminações, ou seja tudo é uma maneira de enganar para defender os interesses do Capital. É bem verdade que nos EUA existem outros partidos mas que não tem a mínima chance de concorrer com esses dois, isso porque a Legislação dos EUA dificulta no máximo a participação de outros partidos nas eleições inventando inúmeros subterfúgios e obstáculos jurídicos entre eles por exemplo, a necessidade de recolherem muito milhares de assinaturas num prazo curto realizada em presença de testemunhas e registradas notoriamente a obtenção de Licenças para os coletores de Assinaturas,etc. E mesmo se os outros partidos conseguirem vencer todas as barreiras, as comissões eleitorais privam-nos frequentemente da possibilidade de participarem nas eleições sob o pretexto de as “assinaturas serem ilegíveis” ou outro qualquer pretexto inventado. Todas as nações devem encontrar sua própria forma de expressão, a conquistar sua própria liberdade e a desbravar seu próprio caminho. O povo é soberano para decidir seu próprio destino, o povo de cada país tem todo o direito de lutar pela sua Libertação Social e Nacional a escolherem o melhor caminho para o seu desenvolvimento. Alguns povos que realmente tentam tornar-se livres, soberanos e independentes e que buscam seguir o caminho na construção do desenvolvimento democrático conforme a realidade politica, econômica e social; e que para isso não queiram ficar nas “mãos” de “joelhos” e submisso aos interesses estadunidenses e que também não queiram rezar na cartilha dos EUA, são perseguidos e rotulados de Ditadura. Os estadunidenses tentam de todas as formas se passarem como os Paladinos da “Liberdade e Democracia” e até usam isso como argumento para dizerem que são “defensores” desses dois ideais quando invadem países soberanos que não queiram ficar de “joelhos” e sob seu controle e domínio absoluto. Os Imperialistas dos EUA invadem países objetivando dominar para extrair matérias-primas e demais riquezas. Para isso, endividam essas nações, compram seus políticos e seus governos fantoches. Os Imperialistas dos EUA que usam de maneira estratégica as duas palavras chave “Liberdade e Democracia”, mas quando um povo realmente deseja ser livre, independente e soberano e tenta construir o seu desenvolvimento conforme a realidade politica, econômica e social e que para isso venham a contrariar os interesses do Império dos Estados Unidos da América, a tão propalada “liberdade e Democracia” que os Imperialistas estadunidenses dizem tanto “defender” deixa logo de existir e vem desrespeito e violação dos direitos humanos, perseguições, golpes, torturas, massacres, repressões e guerras.