O surgimento da democracia
Por força das transformações sociais e econômicas que se associam ao desenvolvimento do capitalismo industrial e que assumem um ritmo mais intenso a partir de 1930, a democracia apenas começa a instaurar-se no após guerra, com a incorporação das massas populares ao processo político.
A partir de 1946, o Brasil ganhou uma nova Constituição que, no essencial, contemplava os requisitos para ser uma democracia clássica no sentido da palavra: competição política, pluralismo partidário, eleições diretas, separação formal dos poderes do Estado, razoável direito de contestação pública. Porém, ocorrera a sobreposição das novas regras à velha estrutura de poder, mantendo intacto o sistema sindical corporativista e o perfil de uma burocracia estatal concentradora do poder decisório.
A competição política entre os opostos partidos, com tentativas de interrupção da democracia, sobreviveu por quase vinte anos. Foi nesse ambiente, de fragilidade do consenso e da democratização, que a intelectualidade brasileira estreou suas lutas, aderindo, voluntariamente, as causas populares.
Por força das transformações sociais e econômicas que se associam ao desenvolvimento do capitalismo industrial e que assumem um ritmo mais intenso a partir de 1930, a democracia apenas começa a instaurar-se no após guerra, com a incorporação das massas populares ao processo político.
A partir de 1946, o Brasil ganhou uma nova Constituição que, no essencial, contemplava os requisitos para ser uma democracia clássica no sentido da palavra: competição política, pluralismo partidário, eleições diretas, separação formal dos poderes do Estado, razoável direito de contestação pública. Porém, ocorrera a sobreposição das novas regras à velha estrutura de poder, mantendo intacto o sistema sindical corporativista e o perfil de uma burocracia estatal concentradora do poder decisório.
A competição política entre os opostos partidos, com tentativas de interrupção da democracia, sobreviveu por quase vinte anos. Foi nesse ambiente, de fragilidade do consenso e da democratização, que a intelectualidade brasileira estreou suas lutas, aderindo, voluntariamente, as causas populares.
Ditadura militar e o fim da democracia
Mas foi em 1964, quando a crise política se arrastava desde governos anteriores, marcados pela abertura às organizações sociais, que estudantes, organizações populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras, que temiam um golpe comunista.
Os militares acabam tomando o poder, cassando opositores, repreendendo, censurando e impondo uma ditadura no país. Mesmo com a perseguição política às lideranças sindicais, estudantis e membros do legislativo, houve esforço da sociedade civil em contestar as arbitrariedades praticadas dia a dia pelos militares.

Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresentava vários problemas. A inflação é alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidos e com o fortalecimento dos sindicatos.Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para presidente naquele ano. Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.
A redemocratização
Depois de uma disputa política e uma votação indireta, José Sarney assume. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil, que apagou os rastros da ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país. Assim, apenas em 1989, pela primeira vez em 29 anos, o presidente seria eleito diretamente pelo povo. O candidato escolhido pela população foi Fernando Collor.

O governo de Collor não agradou nem um pouco o país. Com o fracasso do plano de estabilização e as crescentes dificuldades econômicas, Collor ia se enfraquecendo aos poucos e perdendo apoio político. Mas o auge foi a denuncia da existência de um esquema de corrupção jamais visto no país. O público, totalmente insatisfeito, saiu às ruas em grandes manifestações, exigindo a retirada de Collor da presidência. Foi por causa da pressão da população e do bolo de corrupção descoberto que, em 29 de agosto, a Câmara dos Deputados autorizou o processo de impeachment contra Collor, que foi afastado da presidência e substituído pelo vice.